6 de junho de 2008

Espelho, vitrine, colher

Estava eu, olhando fixamente para um extintor de incêndio, quando comecei a pensar em auto-estima, opinião que cada um tem sobre si mesmo que é diferente de auto-afirmação.
Quando me perguntam como estou me sentindo e eu respondo simplesmente: "Estou com a cara inchada." Pode-se concluir que minha auto-estima está abalada.
Aqueles que não se valorizam afastam as pessoas, eu sei perceber de longe quem se gosta de verdade, mas quem conta muita vantagem me irrita.
O que mais existe no mundo são pessoas que afirmam detestar livros de auto-ajuda, mas reclamam o tempo todo e não se julgam capazes. Eu até acho que é uma qualidade não gostar desse tipo de livro, mas recomendo a essas pessoas que antes de viver em sociedade leiam ao menos dez livros de auto-ajuda.
Quando penso em auto-estima, bom humor, é inevitável lembrar da Fifi, falecida cachorrinha que conviveu comigo por alguns anos. As pessoas nunca a pouparam, sempre foram diretas ao falar que se assutavam com sua aparência, até eu dizia carinhosamente que a amava mesmo ela sendo daquele jeito. Era incrível como ela sabia lidar com isso, se achava linda e pronto, sempre tinha um sorriso a oferecer, sorriso mesmo, literalmente. Ela se tornou linda para quem a conheceu de verdade. Quero hoje, ignorar essa cara inchada e ser como a Fifi.

Um comentário:

Mauricio Toczek disse...

E vc pensou em tudo isso vendo um extintor de incêndio? Comigo acontece o mesmo, só que é com a lua. Não a lua cheia ou nova, só a minguante ou a crescente.

Também perdi um cachorrinho recentemente, o dunga. O barulho irritante que ele fazia faz falta.

Sobre conviver em sociedade, prefiro não comentar, uma vez que sou péssimo nisso. :)

Belo texto, como sempre.

Abraços.