Um dia desses fui ao banheiro da faculdade e só o último estava desocupado. Eu confesso: Tive medo, por um minuto me veio à lembrança aquela imagem que na infância eu nunca vi, mas minha imaginação construiu, aquela loira, ferida, vestida de branco, com algodão nas narinas que desejava vingança. Acho que esse foi um dos meus maiores medos da infância.
Talvez somente eu tenha esse problema mas os medos ainda me acompanham. Hoje sou bem mais racional, sei que é tudo lenda, mas por precaução prefiro não deixar o guarda-roupa aberto, é melhor não saber que criaturas habitam as profundezas daquele lugar todas as noites.
De quem é a culpa? Dos adultos? Da mídia ou da imaginação fértil das crianças?
Acho que é uma mistura de tudo isso, sei que foi difícil a decisão: Entrar ou não naquele banheiro? Mas meu medo passou quando eu caí em si e pensei: “Não! A loira não aparece nas faculdades, é só em escolas! Ufa...”
27 de novembro de 2007
23 de novembro de 2007
Parafraseando alguém?
Uma pessoa que tem um gosto musical eclético é uma pessoa sem personalidade?
a) Não. essa afirmação é incorreta.
b) Sim Michele, você não tem personalidade.
Olha, eu voto na letra A, visto que cada estilo musical desperta um sentimento. Durante o dia, a semana, eu tenho um rodízio de sentimentos, dessa forma degusto desde Raul Seixas a Mc Leozinho.
Sem personalidade é quem só se sente bem se estiver igual o personagem da novela. É claro que todo mundo é influenciado de alguma forma, mas essa intertextualidade, com limites, forma nossa personalidade e nos permite ser flexíveis a mudar nossa opinião.
Acho mesmo que essa história de personalidade é relativa.Afinal quem não tem personalidade? Quem vive em uma tribo urbana e segue um modismo imposto pelo grupo ou quem ouve de tudo, veste e lê de tudo um pouco?
É a maquiagem social que nos aprisiona e nos obriga a mostrar o personagem e não o verdadeiro ator.
a) Não. essa afirmação é incorreta.
b) Sim Michele, você não tem personalidade.
Olha, eu voto na letra A, visto que cada estilo musical desperta um sentimento. Durante o dia, a semana, eu tenho um rodízio de sentimentos, dessa forma degusto desde Raul Seixas a Mc Leozinho.
Sem personalidade é quem só se sente bem se estiver igual o personagem da novela. É claro que todo mundo é influenciado de alguma forma, mas essa intertextualidade, com limites, forma nossa personalidade e nos permite ser flexíveis a mudar nossa opinião.
Acho mesmo que essa história de personalidade é relativa.Afinal quem não tem personalidade? Quem vive em uma tribo urbana e segue um modismo imposto pelo grupo ou quem ouve de tudo, veste e lê de tudo um pouco?
É a maquiagem social que nos aprisiona e nos obriga a mostrar o personagem e não o verdadeiro ator.
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21 de novembro de 2007
Indagações do presente
O que faz uma pessoa ser tão nostálgica?
a) Ela teve uma infância muito feliz que merece ser sempre lembrada.
b) Ela tem medo de enfrentar a responsabilidade do presente.
Mas, e quando a pessoa gosta de lembrar de um passado, tão passado,em que ela nem existia?
Será que as crianças de hoje vão ter saudade dos programas infantis no futuro? Afinal, é fato que os programas do nosso tempo era melhores, não subestimavam a inteligência das crianças. Castelo Ra-Tim-Bum até mostrava a fabricação das vassouras (Viu? Como se faz, uma vassoura nova pra limpar e varrer? Viu?...)E o mundo de beakman? Eu aprendi a fazer o vulcãozinho em erupção antes mesmo de ensinarem na escola pra feira de ciências.
Hoje criança é tratada como retardada, tenho pena dos meus filhos que terão uma programação tão pobre de conteúdo, tomara que eles prefiram brincar ao ar livre e tomara que eu tenha autoridade suficiente para proibir internet até uma certa idade. Ai meu Deus, será que vou saber educar meus filhos?
Esse é meu problema, salto do passado para o futuro com muita facilidade e às vezes esqueço que no meio há uma lacuna.
a) Ela teve uma infância muito feliz que merece ser sempre lembrada.
b) Ela tem medo de enfrentar a responsabilidade do presente.
Mas, e quando a pessoa gosta de lembrar de um passado, tão passado,em que ela nem existia?
Será que as crianças de hoje vão ter saudade dos programas infantis no futuro? Afinal, é fato que os programas do nosso tempo era melhores, não subestimavam a inteligência das crianças. Castelo Ra-Tim-Bum até mostrava a fabricação das vassouras (Viu? Como se faz, uma vassoura nova pra limpar e varrer? Viu?...)E o mundo de beakman? Eu aprendi a fazer o vulcãozinho em erupção antes mesmo de ensinarem na escola pra feira de ciências.
Hoje criança é tratada como retardada, tenho pena dos meus filhos que terão uma programação tão pobre de conteúdo, tomara que eles prefiram brincar ao ar livre e tomara que eu tenha autoridade suficiente para proibir internet até uma certa idade. Ai meu Deus, será que vou saber educar meus filhos?
Esse é meu problema, salto do passado para o futuro com muita facilidade e às vezes esqueço que no meio há uma lacuna.
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6 de novembro de 2007
Show: Evento que merece ser analisado
Por que vamos prestigiar essas apresentações artísticas se afinal ninguém sai satisfeito? Não estou falando de um showzinho da banda de um amigo e sim de um show a nível de Ivete, daqueles onde meia hora é dedicada a procura de
um estacionamento, meia hora se você chegar cedo. Recuperado do
stress, o próximo passo é se dirigir a fila. Meu Deus! Que fila! O atendimento pelo SUS perde feio, existem aquelas estratégias, como encontrar um amigo no começo da fila e disfarçadamente permanecer do seu lado ou simplesmente aproveitar o primeiro espaço formado entre dois indivíduos, em todo caso não é necessário dar ouvidos aos gritos indignados.
Adentrando o local a meta é conseguir um lugar privilegiado, de preferência bem perto do palco, basta respirar fundo e mergulhar naquele mar de humanos sedentos e brutais. Sim, brutais! Qualquer pessoa que você conheça e que seja educada e sociável no dia-a-dia
transforma-se em um ser bárbaro, rude, sem qualquer civilização. Então, se você realmente quer um espacinho na frente do palco deve estar ciente que voltará para casa com alguns hematomas e a lembrança de muitas agressões verbais.
Um dos grandes desafios é conseguir enxergar o artista, nessa hora são bem aventurados os de grande estatura, os menores podem ter a sorte de contemplar o artista em alguns milésimos de segundo.
E eu me pergunto: Por que todo esse sofrimento? Não basta comprar o DVD e assitir no aconchego do lar? Adoramos o artista a tal ponto de fazer qualquer coisa para estar aos seus pés? Não sei. Só sei que todo esse sofrimento me fez aprender. Quando alguém me convidar para ir a um show de grande porte, certamente eu direi: " É claro que eu vou! "
um estacionamento, meia hora se você chegar cedo. Recuperado do
stress, o próximo passo é se dirigir a fila. Meu Deus! Que fila! O atendimento pelo SUS perde feio, existem aquelas estratégias, como encontrar um amigo no começo da fila e disfarçadamente permanecer do seu lado ou simplesmente aproveitar o primeiro espaço formado entre dois indivíduos, em todo caso não é necessário dar ouvidos aos gritos indignados.
Adentrando o local a meta é conseguir um lugar privilegiado, de preferência bem perto do palco, basta respirar fundo e mergulhar naquele mar de humanos sedentos e brutais. Sim, brutais! Qualquer pessoa que você conheça e que seja educada e sociável no dia-a-dia
transforma-se em um ser bárbaro, rude, sem qualquer civilização. Então, se você realmente quer um espacinho na frente do palco deve estar ciente que voltará para casa com alguns hematomas e a lembrança de muitas agressões verbais.
Um dos grandes desafios é conseguir enxergar o artista, nessa hora são bem aventurados os de grande estatura, os menores podem ter a sorte de contemplar o artista em alguns milésimos de segundo.
E eu me pergunto: Por que todo esse sofrimento? Não basta comprar o DVD e assitir no aconchego do lar? Adoramos o artista a tal ponto de fazer qualquer coisa para estar aos seus pés? Não sei. Só sei que todo esse sofrimento me fez aprender. Quando alguém me convidar para ir a um show de grande porte, certamente eu direi: " É claro que eu vou! "
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Diálogo com as vozes (Em vários momentos do dia)
eu: hummm...que gatinho...
voz: não é pro seu bico.
Eu: como assim?
Voz: não é pro seu bico.
Eu: isso depende da auto estima.
Voz: não, isso é puro realismo.
Eu: hum...
Eu: Que casal fófis, eu quero um namorado.
Voz: tá loca?
Eu: Nossa, é mesmo, não, não quero. Só passar o rodo.
Voz: até parece que é pegadora...
Eu: Voce pode ter um tempo pra pensar la laia laia...
voz: por que ta cantando essa musica?
Eu: já superei isso...
voz: ah é? Entao em quem vc pensou quando cantou ela?
Eu: é......é.....quando ela me ve ela mexe, piripipiri....
Antes de dormir:
voz: Pára de pensar!
Eu: não consigo.
Voz: Entao pensa em coisas boas
eu: o que eu faria se ganhasse 30 milhoes?
Voz: voce já pensou isso varias vezes
eu: agora não pode repetir pensamento?
Eu: Antes de dormir é a hora em que as vozes mais atormentam.
Voz: que vozes?
voz: não é pro seu bico.
Eu: como assim?
Voz: não é pro seu bico.
Eu: isso depende da auto estima.
Voz: não, isso é puro realismo.
Eu: hum...
Eu: Que casal fófis, eu quero um namorado.
Voz: tá loca?
Eu: Nossa, é mesmo, não, não quero. Só passar o rodo.
Voz: até parece que é pegadora...
Eu: Voce pode ter um tempo pra pensar la laia laia...
voz: por que ta cantando essa musica?
Eu: já superei isso...
voz: ah é? Entao em quem vc pensou quando cantou ela?
Eu: é......é.....quando ela me ve ela mexe, piripipiri....
Antes de dormir:
voz: Pára de pensar!
Eu: não consigo.
Voz: Entao pensa em coisas boas
eu: o que eu faria se ganhasse 30 milhoes?
Voz: voce já pensou isso varias vezes
eu: agora não pode repetir pensamento?
Eu: Antes de dormir é a hora em que as vozes mais atormentam.
Voz: que vozes?
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Paranóia
Os jornais noticiam o aumento e a aceitação dos transgênicos.Helena decide ter qualidade de vida: “Consumistas sem consciência, onde chegaremos?”
08:30 da manhã, belo domingo ensolarado, dia de começar a se alimentar bem.
Helena, ainda com suas pantufas de Pantera cor de rosa, se dirige a geladeira, pega a caixinha de leite, “nada mais saudável”pensa ela, até olhar o minúsculo numero embaixo da caixa, número 5 , “como assim?leite 'reciclado' cinco vezes? Logo cedo se envenenar com tanto conservante?Melhor tomar café puro...Ah sim, muita cafeína que desencadeará em um vício, logo passará pro cigarro.”
Ainda bem que Helena adora chá de Erva Cidreira, com bolacha recheada. “Recheada de corante nem pensar, pão integral com margarina...Meu Deus, estou praticamente comendo plástico!” Helena se preocupa.
Ela não desiste de seu dia consciente, tira suas pantufas e calça um confortável tênis, tênis daquela marca que utilizava mão de obra infantil, a consciência pesa: “o tênis velho nem está tão acabado assim.”
Enquanto caminha ela pensa no que precisa mudar. Tanta coisa,Helena, com 17 anos é como todas as adolescentes, vítimas da mídia que impõe um consumo desenfreado, que mostra o valor da pessoa através da marca que ela usa. “Até o natal perdeu seu sentido, quando teremos um comercio justo e solidário?” indigna-se a jovem.
Chegando em casa nem dá vontade de ligar a TV. Bem acomodada lê um livro, o tempo passa, já dá para sentir o cheiro do almoço preparado pela mãe, cheiro de bife sendo frito...”pedaço de um indefeso animal que sofreu muito em um abatedouro fétido, e toda essa angustia alojada naquele bife, sem falar na grande quantidade de antibióticos que aplicaram no animal, tudo isso diariamente vem parar no meu organismo e ainda com bastante gordura, é como suicidar-se lentamente, mas por hoje não” reflete Helena.
A família acha no mínimo estranho a menina rejeitar a carne, a batata frita, o refrigerante, ela mesmo prepara um suco de laranja para acompanhar seu prato de arroz com salada.
Para um passeio em família e a garantia de um domingo feliz, todos se arrumam para ir ao circo que chegou na cidade, tão anunciado espetáculo, com ferozes leões, grandes ursos e elefantes...”que são maltratados em um adestramento que inclui chicotes, queimaduras, jaulas 'aconchegantes', seria certo eu contribuir com essa tortura?” pensa um pouco e não vai ao circo., mesmo gostando de palhaços.
As vezes é bom ficar sozinha, trocando os canais da televisão, tudo a mesma coisa, horário político...”odeio política” resmunga, porem volta atrás: “ Eu, querendo me tornar uma pessoa consciente, não passo de uma analfabeta política do Bertold Brecht.
Helena fica confusa, precisa dormir, está determinada a mudar, mas não de uma hora para outra, é preciso cautela, até quando se trata de salvar a saúde e a humanidade.
08:30 da manhã, belo domingo ensolarado, dia de começar a se alimentar bem.
Helena, ainda com suas pantufas de Pantera cor de rosa, se dirige a geladeira, pega a caixinha de leite, “nada mais saudável”pensa ela, até olhar o minúsculo numero embaixo da caixa, número 5 , “como assim?leite 'reciclado' cinco vezes? Logo cedo se envenenar com tanto conservante?Melhor tomar café puro...Ah sim, muita cafeína que desencadeará em um vício, logo passará pro cigarro.”
Ainda bem que Helena adora chá de Erva Cidreira, com bolacha recheada. “Recheada de corante nem pensar, pão integral com margarina...Meu Deus, estou praticamente comendo plástico!” Helena se preocupa.
Ela não desiste de seu dia consciente, tira suas pantufas e calça um confortável tênis, tênis daquela marca que utilizava mão de obra infantil, a consciência pesa: “o tênis velho nem está tão acabado assim.”
Enquanto caminha ela pensa no que precisa mudar. Tanta coisa,Helena, com 17 anos é como todas as adolescentes, vítimas da mídia que impõe um consumo desenfreado, que mostra o valor da pessoa através da marca que ela usa. “Até o natal perdeu seu sentido, quando teremos um comercio justo e solidário?” indigna-se a jovem.
Chegando em casa nem dá vontade de ligar a TV. Bem acomodada lê um livro, o tempo passa, já dá para sentir o cheiro do almoço preparado pela mãe, cheiro de bife sendo frito...”pedaço de um indefeso animal que sofreu muito em um abatedouro fétido, e toda essa angustia alojada naquele bife, sem falar na grande quantidade de antibióticos que aplicaram no animal, tudo isso diariamente vem parar no meu organismo e ainda com bastante gordura, é como suicidar-se lentamente, mas por hoje não” reflete Helena.
A família acha no mínimo estranho a menina rejeitar a carne, a batata frita, o refrigerante, ela mesmo prepara um suco de laranja para acompanhar seu prato de arroz com salada.
Para um passeio em família e a garantia de um domingo feliz, todos se arrumam para ir ao circo que chegou na cidade, tão anunciado espetáculo, com ferozes leões, grandes ursos e elefantes...”que são maltratados em um adestramento que inclui chicotes, queimaduras, jaulas 'aconchegantes', seria certo eu contribuir com essa tortura?” pensa um pouco e não vai ao circo., mesmo gostando de palhaços.
As vezes é bom ficar sozinha, trocando os canais da televisão, tudo a mesma coisa, horário político...”odeio política” resmunga, porem volta atrás: “ Eu, querendo me tornar uma pessoa consciente, não passo de uma analfabeta política do Bertold Brecht.
Helena fica confusa, precisa dormir, está determinada a mudar, mas não de uma hora para outra, é preciso cautela, até quando se trata de salvar a saúde e a humanidade.
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