Aos 13 anos, eu ainda brincava de
boneca e minha maior preocupação era: “Ai, meu Deus do céu, as pessoas crescem
e param de brincar de boneca, como elas conseguem? É tão divertido, eu nunca
vou conseguir parar e todos vão rir de mim. Minha vida já era”. Percebi que era
um drama desnecessário após um ano, quando simplesmente deixei de gostar das
Barbies falsificadas e pensei: “Nunca mais farei drama”. Minutos depois eu
inventei um amor platônico e minha maior preocupação era: “Ai, meu Deus do céu,
eu vou amar esse menino até morrer e ele nunca vai corresponder, vou ficar
velhinha sofrendo por ele, minha vida já era”. Percebi que era um drama
desnecessário após um tempo quando eu simplesmente esqueci o amor platônico e
pensei: “Nunca mais”. Minutos depois eu lembrei de que já era hora de deixar de
gostar da Sandy e minha maior preocupação no momento foi: “Ai, meu Deus do céu, eu amo
a Sandy, um dia serei uma mulher de 30 anos que ainda gosta da Sandy, minha
vida já era.” E aqui estou eu, com quase 30 anos. Alguns dramas são reais.