12 de dezembro de 2011

Cama semântica

De vez em quando a gente se esquece por alguns segundos o nome de alguma coisa que está à nossa frente, não é mesmo? Lá em casa não perdemos tempo tentando lembrar. Simplesmente substituímos a palavra pela primeira que vem na cabeça. Por exemplo, se minha mãe fala “Ta muito quente, liga o triturador” rapidamente eu penso “não temos um triturador e mesmo se tivéssemos não faria sentido nenhum” ligo o ventilador e fim de história.
Se vou cortar o pão e digo “mãe, esqueci a enxada, você pega pra mim?” Ela, é claro, me imagina cortando o pão com uma enxada, mas logo reflete e pega a faca. Tem hora que é difícil lembrar o nome do objeto em questão e também é difícil substituir por outro nome, porque os neurônios dormem. No meu caso acordam tarde e dormem cedo, ao contrário de mim que acordo cedo e durmo tarde, pois então, nesse caso substituímos qualquer palavra por cachorrinho.
- Fia, você pinta minha unha com esse shampoo rosinha?
- Sim, vó. Só preciso encontrar a enceradeira pra limpar os cantinhos depois. Mãe, você sabe onde ta?
- Ta na caixa de cachorrinho ué.